IV Consciência Negra em Debate é realizado no Campus – Campus Londrina

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IV Consciência Negra em Debate é realizado no Campus

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No dia 20 de Novembro, o Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão em Ciências Humanas (CEPECH) do Campus Londrina, em parceria com o Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão em Ensino de Sociologia (LENPES), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), realizou o IV Consciência Negra em Debate.

Como parte da celebração do Dia Nacional da Consciência Negra, data que faz referência à morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, local de resistência dos africanos e negros escravizados que conseguiam fugir da opressão de seus senhores, foram organizadas atividades alusivas à data.

A programação incluiu manifestações artísticas e culturais, palestras, mesas temáticas e oficinas. A abertura oficial do evento contou com as presenças do Diretor Geral, Marcelo Lupion Poleti, e do Diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão, Paulo Antonio Cypriano Pereira.

No período da manhã, foi realizada a palestra intitulada “Cientistas Invisíveis”, ministrada pela professora Kátia Socorro Bertolazi, do Campus Londrina, que resgatou como cientistas negros, incluindo homens e mulheres, desde a Antiguidade africana, realizaram descobertas importantes nas áreas da Saúde, da Matemática e da Astronomia.

Em seguida, foi realizada a primeira mesa temática do evento, a partir da proposta “Juventudes, Territórios e Identidades Negras”. A mesa foi composta por Mariliza Gonçalves da Silva e Silva, professora da Rede Municipal de Educação de Londrina, e por Mateus Rocha Paixão, estudante do curso de Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio do IFPR – Campus Londrina.

Para encerrar as atividades matutinas, foi realizada uma apresentação de circo organizada pelos alunos dos segundos anos dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, sob orientação do professor Washington Luiz da Costa, do Campus Londrina.

No período da tarde, foi realizada a mesa temática “Rosana Paulino: arte, vida e educação”, com a presença dos professores Ronaldo Oliveira e Marcos Aulicino, da UEL, e da estudante Lorena Belmiro, estudante do curso de Artes Visuais da mesma Universidade.

Além de ter mediado a mesa temática, a professora Juliana Matta, do IFPR – Campus Londrina, orientou uma intervenção artística com os estudantes participantes do projeto “Ensino de Teatro”. Segundo a professora, “a intervenção foi uma proposta pensada a partir da temática do evento, a fim de que cada grupo de estudantes criasse uma reflexão que abordasse os estereótipos existentes sobre a população e a identidade negras. Os resultados foram as criações de duas cenas teatrais que incitaram o público a pensar a conformidade sobre determinadas situações do cotidiano que não deveriam ser ignoradas“, explicou.

Na sequência, foram realizadas duas oficinas, “Cuti: voz e resistência”, ministrada pela servidora Fabiana Tibério, e “Úrsula: representatividade do negro e da mulher negra”, ministrada pelas estudantes do curso de Letras da UEL, Eloisa Rodrigues Rocha Baia e Geovanna Romagnoli Pedro Agostini.

Para encerrar a programação da tarde, a última mesa temática, “Beleza Negra: apontamentos para a educação antirracista”, contou com a participação do professor Eduardo Baroni Borghi, integrante do Laboratório de Cultura e Estudos Afro-brasileiros (LEAFRO) e do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB) da UEL.

O CEPECH também ofertou uma mesa temática no período noturno direcionada à discussão da História da Resistência da Capoeira. O capoeirista Márcio Dagnoni, também conhecido como professor “Pouca Telha”, seu nome de batismo na capoeira, contou a história da capoeira no Brasil, do seu surgimento, quando era uma prática proibida, até o momento em que é reconhecida como esporte e, hoje, é uma prática cultural reconhecida. Ao final da mesa, o professor Dagnoni fez uma roda de capoeira com os estudantes oriundos do projeto social que atende.

De acordo com Max Alexandre de Paula Gonçalves, professor do IFPR – Campus Londrina e um dos coordenadores do evento, “o IV Consciência Negra em Debate mostrou mais uma vez a sua importância enquanto projeto e evento para formação de estudantes, docentes e técnicos do Campus Londrina. Estamos na quarta edição e o que vimos foi uma adesão ainda maior ao evento, uma vez que a comunidade escolar começa a construir a cultura de aprender e debater as temáticas referentes à Consciência Negra e sua relação histórica com a sociedade brasileira“. O professor considera que nos próximos anos a intenção é envolver cada vez mais os estudantes no evento, de forma que assumam um papel mais ativo na construção do que desejam saber e debater no Dia da Consciência Negra.

 

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